Suíte para Ela
I
Meu Amor, lembra-te daquelas tardes
em que o nosso amor brotava no peito
de uma maneira inocente e sem jeito
que mal cabia em nossa'lma covarde?
Como era bom aquele nosso tempo!
tu andavas com uma rosa nos cabelos
e espelhava no semblante o contento
de amor virgem, que ainda sonho em vê-lo
Onde tu estás agora, Minha Amada?
procurei por ti em tantos amores
mas o que deles guardei foi um nada.
O que me resta é te amar em segredo;
não me remoendo em caladas dores,
mas te fazendo eterna em meu soneto.
II
atravessou as portas e janelas
dourando porta-retratos e umbrais,
desfez meu sonho que sonhava nela
e matou a noite com seus punhais
por que tu viestes me despertar?
tu sabes que não é feliz a vida
de quem fez do encontro uma despedida
e tem, por quinhão, jamais remoçar...
ó, Raio-de-Sol! sou feliz sonhando;
é assim que eu esqueço o lamento tanto!
pois dos sonhos nasce o poema, e,
desse poema, faz-se a fantasia.
e então reacende n'alma a alegria
daquele amor que há mui tempo eu Vivi.
Meu Amor, lembra-te daquelas tardes
em que o nosso amor brotava no peito
de uma maneira inocente e sem jeito
que mal cabia em nossa'lma covarde?
Como era bom aquele nosso tempo!
tu andavas com uma rosa nos cabelos
e espelhava no semblante o contento
de amor virgem, que ainda sonho em vê-lo
Onde tu estás agora, Minha Amada?
procurei por ti em tantos amores
mas o que deles guardei foi um nada.
O que me resta é te amar em segredo;
não me remoendo em caladas dores,
mas te fazendo eterna em meu soneto.
II
atravessou as portas e janelas
dourando porta-retratos e umbrais,
desfez meu sonho que sonhava nela
e matou a noite com seus punhais
por que tu viestes me despertar?
tu sabes que não é feliz a vida
de quem fez do encontro uma despedida
e tem, por quinhão, jamais remoçar...
ó, Raio-de-Sol! sou feliz sonhando;
é assim que eu esqueço o lamento tanto!
pois dos sonhos nasce o poema, e,
desse poema, faz-se a fantasia.
e então reacende n'alma a alegria
daquele amor que há mui tempo eu Vivi.
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