Palavras Limpas

Porque a poesia pertence aos que precisam dela

03 janeiro 2007

A iminência

Ele sempre mandou
minhas flores favoritas,

Ele sempre temperou
com azeite e sal

Ele sempre colocou
mais café do que leite

Ele sempre se calou
no momento certo

Ele sempre sorriu
quando eu não pedi

Ele sempre vestiu
do jeito que me deixa morrendo de ciúmes

Ele sempre fez
como eu queria

Ele sempre escolheu
o sapato certo para mim;

Ele sabe todas as minhas medidas
mesmo sem nunca ter me tocado:

Ele sempre
me amou.

Acho que eu vou me entregar...



**Para Ana


4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

'Poeta, meu poeta vagabundo, quem dera todo mundo fosse assim feito você!'

TE AMO!

8:39 PM  
Blogger ana said...

Ailton, ainda que tenha blog não tenho mt o hábito de ficar percorrendo outros... Por isso só hj vi seu poema. Não posso deixar de dizer alguma coisa, ainda que fiquei aqui sem saber o quê...

2:50 AM  
Blogger ana said...

Bem... obrigada!

2:51 AM  
Anonymous Anônimo said...

ó só, quem diria!

5:11 PM  

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