Palavras Limpas

Porque a poesia pertence aos que precisam dela

16 outubro 2006

Eu te amo, mas não se ofenda

O amor tem o nome de um palavrão
Desses que a gente fala
Em momentos de euforia
A gente simplesmente diz
Sem saber o que significa
O amor chega, às vezes,
A ofender

"Eu te amo"
Quem é que nunca quis ouvir isso?
Ou quem, nesta vida,
Já deixou de dizer
Apenas por não querer
Ficar vulnerável
Ou mesmo
Por não querer magoar
Quem, de fato,
Está sendo amado

O amor parece um perfume barato
Desses que a gente sempre usa
Por não ter outro no lugar;
O amor não passa de um acessório inútil
Que deixa alguns mais felizes
Com um sorriso bobo no rosto...
O amor cheira a naftalina!

A palavra "amor"
Se aproxima da palavra "fracasso"
Todo mundo, em algum momento,
Já disse: eu te amo
Ou: eu sou um fracasso!
Porém sem pensar
Sem ter noção do que é o fracasso
Ou mesmo,
Do que é o amor.
Todo mundo já disse
E se arrependeu depois.

Enfim
Amar é estar errando
No intuito apenas
De amar.
Mesmo que o amor
Seja uma coisa boa
Todo mundo tem medo
De ser amado

Eu já xinguei
Já usei muitos perfumes baratos
E sei que no fundo
Sou um fracasso...
Pois eu amo!
Mesmo não sabendo ainda
O que é esta palavra
Que não deixa dormir,
Que me faz à toa por aí,
Eu amo.

Mesmo não sabendo
O que é o amor
Eu continuo amando,
Vivendo,
Ofendendo quem não acredita
Que o amor é possível
Ou apenas
Real.

O amor é meramente impontual...

1 Comments:

Blogger Unknown said...

Aee muito bom isso heim, abração juninhu´s fuizzz me entao

5:39 PM  

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